Eu vim até aqui pra falar de design thinking, mas...
Eu começo a digitar neste espaço em branco com o intuito de falar sobre design thinking, mas minha mente acelerada, quase em curto-circuito em diversos pontos, pisca sem parar. Provavelmente, eu irei passear por cômodos aleatórios aqui dentro. Por esse motivo, adianto minhas sinceras desculpas...
Para começar, quero dizer que my english is very, very bad, embora (pasmem!) eu seja filha de uma professora de inglês. Isso deveria ser um pecado mortal, já que, em um mundo de pecadores como o nosso, a coisa mais fácil que existe é apontar o dedo para os outros. Está escutando os telhados de vidro se quebrando?
Em tempos modernos, o coleguinha do seu lado ri da sua pronúncia, mesmo não tendo quase nenhuma bagagem profissional na sua própria mochila. Pois é, atualmente a gente nota, de um lado, profissões que falam sobre empatia, foco no usuário final, usabilidade e acessibilidade em ascendência progressiva. Afinal, está na moda pensar no outro.
Em contrapartida, percebemos “poliglotas”, profissionais impecáveis na teoria, falando difícil, usando palavras que assustam e que, muitas vezes, inviabilizam o entendimento dos próprios clientes. Percebe? O mundo corporativo está em transição (eu acredito em melhorias), porém precisamos ter paciência. Já diria o poeta Fernando Anitelli, "errado é aquele que fala correto e não vive o que diz" e eu acredito que, mais importante do que usar palavras difíceis é não apenas falar sobre a empatia, mas praticá-la todos os dias.
Acontece que ao caminhar pelas ruas da sua própria vida, com o tempo (maturidade), você consegue olhar para trás e identificar padrões. Veja, eu que sempre neguei o inglês, sou formada em Design e me especializei em User Experience & User Interface. Para não me desatualizar, estudo constantemente design thinking, UX writing, artificial intelligence, UX research e por aí vai... Ok, podem rir da piada, eu também acho graça dessa pegadinha do destino. Nós vamos resolver isso um dia. I promise!
E aí eu vim aqui falar de design thinking, do double diamond que muitos carregam sem ter a noção do valor que é ter dois diamantes nas mãos. As pessoas que estudam essa área do design sabem que em todas as etapas é necessário estar atento ao outro, às ações do outro, aos porquês do outro e, na grande maioria das vezes, as respostas não são verbalizadas com clareza, elas partem de nossas percepções diante do processo como um todo. E isso fala muito sobre nós, os profissionais da área. Porque bem no raso (para não falar bem no fundo), o começo de tudo é um só: a empatia. E é isso que me fascina nessa profissão!